segunda-feira, 27 de maio de 2013

ASSÉDIO MORAL : ABUSO DE PODER CONTRA FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS

Mais uma eleição se aproxima e com ela mais promessas, mais políticos querendo bancar os super-heróis, pegando criancinhas no colo e mais “bla, bla, bla”. Sem contar ainda que alguns governantes utilizam de perseguição, principalmente contra o funcionário público, ou seja, Assédio moral ou violência moral. Parece um assunto pouco comentado, muitas vezes passando despercebido,mas o tema tem sido presença constante nos jornais, revistas, rádio e televisão.O assunto vem sendo discutido amplamente pela sociedade, em particular no movimento sindical e no âmbito do legislativo.Conforme dados,”atualmente existem mais de 80 projetos de lei em diferentes municípios do país e vários projetos já foram aprovados”.O conceito de humilhação é muito amplo,é um sentimento de ser ofendido,menosprezado, rebaixado, inferiorizado,a humilhação causa dor, tristeza e sofrimento,principalmente quando parte de agentes políticos ou mesmo políticos tentando de todas as maneiras a intimidação.Portanto o assédio moral configura crime,consta no Art. 117-A “É proibido ao servidores públicos praticarem assédio moral contra seus subordinados, estando estes sujeitos às seguintes penalidades disciplinares:Advertência;Suspensão;Destituição de cargo em comissão;Destituição de função comissionada;Demissão.” As leis estão aí,existem, basta estarmos atentos.

 


Fases da humilhação no trabalho

A humilhação no trabalho envolve os fenômenos vertical e horizontal.
O fenômeno vertical se caracteriza por relações autoritárias, desumanas e aéticas, onde predomina os desmandos, a manipulação do medo, a competitividade, os programas de qualidade total associado a produtividade. Com a reestruturação e reorganização do trabalho, novas características foram incorporadas à função: qualificação, polifuncionalidade, visão sistêmica do processo produtivo, rotação das tarefas, autonomia e ’flexibilização’. Exige-se dos trabalhadores/as maior escolaridade, competência, eficiência, espírito competitivo, criatividade, qualificação, responsabilidade pela manutenção do seu próprio emprego (empregabilidade) visando produzir mais a baixo custo.
A ’flexibilização’ inclui a agilidade das empresas diante do mercado, agora globalizado, sem perder os conteúdos tradicionais e as regras das relações industriais. Se para os empresários competir significa ’dobrar-se elegantemente’ ante as flutuações do mercado, com os trabalhadores não acontece o mesmo, pois são obrigados a adaptar-se e aceitar as constantes mudanças e novas exigências das políticas competitivas dos empregadores no mercado global.
A "flexibilização", que na prática significa desregulamentação para os trabalhadores/as, envolve a precarização, eliminação de postos de trabalho e de direitos duramente conquistados, assimetria no contrato de trabalho, revisão permanente dos salários em função da conjuntura, imposição de baixos salários, jornadas prolongadas, trabalhar mais com menos pessoas, terceirização dos riscos, eclosão de novas doenças, mortes, desemprego massivo, informalidade, bicos e sub-empregos, dessindicalização, aumento da pobreza urbana e viver com incertezas. A ordem hegemônica do neoliberalismo abarca reestruturação produtiva, privatização acelerada, estado mínimo, políticas fiscais etc. que sustentam o abuso de poder e manipulação do medo, revelando a degradação deliberada das condições de trabalho.
  
 

Estratégias do agressor

  • Escolher a vítima e isolar do grupo.
  • Impedir de se expressar e não explicar o porquê.
  • Fragilizar, ridicularizar, inferiorizar, menosprezar em frente aos pares.
  • Culpabilizar/responsabilizar publicamente, podendo os comentários de sua incapacidade invadir, inclusive, o espaço familiar.
  • Desestabilizar emocional e profissionalmente. A vítima gradativamente vai perdendo simultaneamente sua autoconfiança e o interesse pelo trabalho.
  • Destruir a vítima (desencadeamento ou agravamento de doenças pré-existentes). A destruição da vítima engloba vigilância acentuada e constante. A vítima se isola da família e amigos, passando muitas vezes a usar drogas, principalmente o álcool.
  • Livrar-se da vítima que são forçados/as a pedir demissão ou são demitidos/as, freqüentemente, por insubordinação.
  • Impor ao coletivo sua autoridade para aumentar a produtividade

FONTE :www.assediomoral.org

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